Startup Davinci quer vender patinetes elétricos por até R$ 7,5 mil

Em busca de um novo nicho no mercado brasileiro de micromobilidade, a startup Davinci vai oferecer patinetes elétricos diretamente para o consumidor a partir de setembro deste ano, com preços de até R$ 7,5 mil. Criada por Eduardo Musa, ex-fundador da Yellow, a empresa aposta que o “novo normal” do pós-pandemia não irá incluir o compartilhamento de veículos nas ruas por meio de aplicativos, como era comum até 2020, e que será retomada a discussão da micromobilidade, com trajetos curtos feitos por meios de transporte que não os automóveis.

Segundo informações do caderno Link, do Estado de S.Paulo, a companhia terá dois tipos de patinetes, o modelo de entrada DV1 (R$ 5,5 mil) e o topo de linha DV2 (R$ 7,5 mil). O primeiro tem autonomia para cerca de 25 km percorridos, enquanto o segundo aguenta 35 km (os valores podem variar dado o peso do motorista, a aceleração usada e a topografia da região) e traz outros diferenciais, como suspensão e base maior de apoio. 

Além disso, a Davinci pretende fazer a montagem dos patinetes na Zona Franca de Manaus, onde já se produzem as motocicletas e bicicletas do País. As peças, incluindo a bateria de lítio que irá eletrificar o veículo, serão importadas.

A aposta do empresário, agora, é convencer os usuários que já se movimentaram por patinetes no passado a comprar os veículos. Ao contrário da bicicleta, o patinente é visto como um modal de fácil manuseio, que pode ser levado em outros meios de transporte, como metrôs, ônibus ou porta-malas de carros. “A pandemia mostrou que é sadio morar perto do local de trabalho, gastando menos dinheiro e menos tempo. Esse é o novo normal”, explica Musa.

Ao contrário da maior parte das startups, a Davinci foi criada sem a participação de fundos de investimento e foi levantada com R$ 10 milhões de capital próprio de Musa e dos sócios James Scavone, da agência Salve, e João Ludgero, também ex-Caloi e ex-Yellow.

“A gente optou em não começar com fundo de investimento. É como vender a alma ao diabo porque a empresa se dilui. Então, procuramos uma liberdade e margem de manobra maior, já que temos os recursos para investir”, conta o CEO.

“A gente optou em não começar com fundo de investimento. É como vender a alma ao diabo porque a empresa se dilui. Então, procuramos uma liberdade e margem de manobra maior, já que temos os recursos para investir”, conta o CEO.

No futuro, no entanto, a Davinci pode receber aportes de fundos para acelerar o crescimento da startup.

Marcelo Lia

Jornalista, sócio-diretor da Líbero Comunicação, acumula mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, mídias digitais e assessoria de imprensa

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