Bikes elétricas batem novo recorde de vendas no Brasil em 2021

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Em todo o Brasil, foram comercializadas 40.981 unidades de bicicletas elétricas em 2021, entre produção nacional e importações. É o recorde de vendas do produto no país e um aumento de 27,3% em relação a 2020, que já havia sido o melhor ano desde o começo da série histórica em 2016.

Em termos financeiros, essa movimentação gerou uma receita de R$ 289,3 milhões, crescimento de 52,2% em relação ao ano de 2020.

Os dados são da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), contemplando três fontes distintas: a base Siscori, da Receita Federal; monitoramento de associados da Aliança Bike; e dados de produção no Polo Industrial de Manaus, da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). 

“São resultados muito relevantes, já que a bicicleta elétrica é importantíssima em diversos aspectos”, afirma Felipe Praça, coordenador do Grupo de Trabalho de Bicicletas Elétricas da Aliança Bike. “Para a mobilidade urbana, porque é inclusiva e pode também desafogar o trânsito, e também na questão econômica, pois o mercado de e-bikes já é o que mais cresce no mundo.

Acredito que as elétricas representarão a maior fatia do mercado de bicicletas nos próximos 10 anos”, pondera ele.

Além do expressivo aumento de movimentação financeira e também em unidades vendidas, 2021 apresentou um cenário diferente de anos anteriores.

No ano passado, empresas que importam componentes e realizam a montagem de bicicletas elétricas no Brasil representaram 61% deste mercado – crescimento de 35% em relação ao período anterior.

Do total de bicicletas elétricas comercializadas em 2021, 15.963 foram importadas inteiras, enquanto que 24.955 foram montadas no Brasil. Das e-bikes montadas no Brasil, 10.294 foram produzidas no Polo Industrial de Manaus, enquanto que 14.661 foram produzidas fora do Polo.

De acordo com o levantamento realizado pela Aliança Bike, o preço médio das bicicletas elétricas em 2021 foi calculado em R$ 7.075,71 – acréscimo de 20% em relação ao número de 2020. Além dos consumidores procurarem por e-bikes com maior valor agregado, outros pontos que podem explicar esse acréscimo são a alta do dólar e o aumento do frete marítimo.

As expectativas para o mercado brasileiro de bikes elétricas são boas para 2022. Em um cenário mais conservador, considerando o crescimento orgânico dos últimos anos, o segmento deve chegar a uma alta de 22%, alcançando 49,8 mil unidades. Em um cenário mais otimista apontado pelas principais empresas deste mercado, o crescimento seria de 50%, totalizando 61,3 mil unidades neste ano de 2022.

Paralelamente aos números do mercado, o ano de 2022 começou com boas notícias em relação à tributação das e-bikes – apontada por especialistas e pessoas do mercado como um dos principais empecilhos para a popularização deste modelo de bicicletas. Foram duas conquistas importantes. A primeira se refere ao estado de São Paulo, que excluiu as bicicletas elétricas do regime de substituição tributária do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A mudança veio a partir de um pedido da Aliança Bike feito em 2019, que agora trabalhará para obter esta mudança igualmente em outros estados;

A segunda conquista foi que, em novo pleito apresentado pela Aliança Bike, o Ministério da Economia decidiu favoravelmente à redução do imposto de importação para motores de bicicletas elétricas, de 18% para 0%. A decisão do governo brasileiro será comunicada aos demais países do Mercosul, que terão até 90 dias para se manifestar.

Após esse período, a redução tarifária terá validade por 365 dias (com possibilidade de prorrogação por igual período) e terá quantitativos preestabelecidos. No caso dos motores, foi aprovada a quantia de 120 mil motores pelo período de 1 ano.

Segundo a Aliança Bike, atualmente os impostos relacionados às e-bikes alcançam 85% do custo – cerca de 10% acima das convencionais.

Redação

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