China faz planos para alavancar projetos ligados à energia de hidrogênio
A China se prepara para cada vez para investir em soluções ligadas à energia de hidrogênio. Dez províncias e cidades, incluindo Pequim e Guangdong, fizeram do hidrogênio parte de seu 14º Plano Quinquenal. Pequim, por exemplo, planeja construir 37 postos de abastecimento de hidrogênio até o final de 2023.
O hidrogênio como combustível é visto como peça importante para o futuro neutro de carbono. Cerca de 95% de todo o hidrogênio produzido vem do gás natural, mas também é possível produzi-lo a partir de eletrólise.
A China Hydrogen Alliance informou que a produção da indústria chinesa de hidrogênio chegará a 1 trilhão de yuans (US$ 153 bilhões) e, em 2050, a demanda por hidrogênio chegará a 60 milhões de toneladas, reduzindo a emissão de dióxido de carbono em 700 milhões de toneladas.
YU Zhuoping, diretor desta aliança, informou ao jornal “Jiemian News” que a produção anual da indústria de hidrogênio ultrapassará 1,2 trilhão de yuans até 2050. A China agora só tem capacidade para produzir cerca de 200 mil toneladas de hidrogênio com o equipamento disponível.
A fabricante de energia fotovoltaica LONGi Green Energy Technology é atualmente a maior fabricante mundial de pastilhas de silício monocristalino. Em março deste ano, a LONGi fundou uma subsidiária com foco em energia de hidrogênio. A empresa trabalha na eletrólise da água desde 2018. Cerca de 80% da energia do hidrogênio na China é produzida a partir de combustíveis fósseis com altas emissões de carbono. A eletrólise da água é livre de emissões, mas três vezes mais cara do que o método de combustível fóssil.
“O motivo pelo qual queremos usar a energia do hidrogênio é para reduzir as emissões”, disse RUAN Weimin, engenheiro do Shanghai Shunhua New Energy Group. “Se produzirmos grandes quantidades de emissões, estaremos derrotando todo o propósito do empreendimento.”
